Efeitos colaterais mais comuns dos medicamentos para ejaculação precoce

Aproximadamente um em cada três homens experimentam ejaculação precoce (EP), em algum momento da vida. Condição que se não tratada poderá causar grande prejuízo na vida de um homem, tais como estresse, aborrecimento, frustração e fuga da intimidade sexual.

Homens com quadro de ejaculação precoce persistente e/ou permanente são mais bem tratados com uso de medicamentos orais ou em combinação gradual com psicoterapia sexual.

Vários medicamentos orais têm sido utilizados no tratamento da ejaculação precoce, tais como: Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), antidepressivos tricíclicos, analgésico opióide e inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (iPDE5). Usualmente de uso off-label ou seja não consta na bula do medicamento para esse uso.

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina(ISRSs) são os medicamentos mais usados no tratamento da ejaculação precoce, engloba cinco princípios ativos – Dapoxetina, Paroxetina, Fluoxetina, Sertralina e Citalopram. Possuem as maiores taxas de sucesso no controle ejaculatório, e seus efeitos colaterais são em geral leves e bem tolerados. Após 2-3 semanas de uso há uma tendência à diminuição dos efeitos colaterais, cujos mais comuns são: fadiga, bocejo, náuseas, diarréia, cefaléia, suor ou diminuição da libido.

O principal antidepressivo tricíclico é a clomipramina, que age inibindo a recaptação da noradrenalina, que demonstrou ser eficaz para o tratamento da ejaculação precoce. Os efeitos colaterais mais comuns são: boca seca, fadiga, náuseas e sonolência.

Dos medicamentos para o tratamento da ejaculação precoce o tramadol, um analgésico opióide de ação central, tem resultados piores quanto ao controle da ejaculação. Os efeitos colaterais mais frequentes foram: dispepsia e sonolência.

Já os inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (iPDE5) – sildenafila, tadalafila, vardenafila – são tratamentos efetivos para a disfunção erétil, mas no consultório é frequente o relato de homens em uso de iPDE5 que permanecem mais tempo sem ejacular. Contudo, faltam estudos da eficácia e em homens com função erétil normal não é recomendado o uso. Os principais efeitos colaterais dessa classe de medicamentos são: cefaleia, congestão nasal, vermelhidão facial, dispepsia e dores no corpo.

Atualmente, grande parte dos medicamentos orais usados no tratamento da ejaculação precoce são seguros e eficazes, com efeitos colaterais leves. O tratamento com medicamento para ejaculação precoce é sempre individualizado e prescrito por médico especialista.

(Dr. Homero Ribeiro de Paula Filho – Urologia | CRM-DF 15092; RQE 13443)

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Dr. Homero Ribeiro

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